Compositor: Mauricio Guimarães / Renato Domingos
Seca é a terra
Onde as igrejas precisam de madeira
E os santos são homens
A cruz que seguramos em mãos
Cantamos as canções sagradas
Na cara da morte
Corra, corra, soldado, corra
Se você tiver pernas, corra, corra, corra
Quem quer ficar?
Quem quer lutar?
Você pode ficar, mas certamente morrerá
Poemas serão escritos
A república será escutada
A terra estará em ruínas
Sempre queimada pelo sol
São Sebastião
São Sebastião não voltará
Porque deveríamos esperar pelo dia aqui?
Encarando o céu eternamente
Esperando a chuva cair
Não importa quanto tempo demorar
Nós iremos esperar a chuva cair
Acima de nossas cabeças o silêncio cessará
A cruz e a seca governarão a terra
Bem-vindo à resistência que está por vir
Bem-vindo à resistência que está por vir
Mande-os embora!
Me conte como a história acaba
Seque os seus ossos, não há sepultura para eles
Através da morte certeira o silêncio acabará
A plebe e a cruz governarão a terra
Bem-vindo à resistência que está por vir
Bem-vindo à resistência que está por vir
Após a luta um novo dia deverá
Deverá nascer
Pó ao pó
Pó a areia
E seca é a terra